Um dos produtos que mais tem se destacado quando se fala em suplementação alimentar é o Magnésio. No mercado existe uma infinidade de opções e variações, mas afinal, quais os benefícios do magnésio? Existe alguma diferença do Cloreto de Magnésio para o Magnésio Quelato?

Benefícios do Magnésio no Organismo

O magnésio é um mineral essencial para saúde, bem-estar e nutrição do organismo. O magnésio participa de mais de 300 reações que ocorrem nas nossas células e desempenha funções importantes para o bom funcionamento do nosso corpo. Entre as principais funções do magnésio podemos citar:

  1. Saúde das estruturas ósseas auxiliando na formação de ossos e dentes;
  2. Saúde do coração e cérebro atuando no funcionamento do sistema neuromuscular e sistema nervoso;
  3. Facilita o sono, reduz insônia e contribui para redução da fadiga e do cansaço;
  4. Contribui para uma normal função psicológica;
  5. Auxilia no metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras;
  6. Contribui para síntese de proteínas no nosso organismo.

O que acontece se eu não ingerir magnésio?

A baixa ingestão de magnésio induz mudanças nas reações bioquímicas no organismo que podem aumentar o risco de doenças a longo tempo. As principais doenças e distúrbios em que o magnésio pode estar envolvido são hipertensão, doença cardiovascular, diabetes tipo 2, osteoporose e enxaqueca.

Os primeiros sinais de deficiência de magnésio incluem náusea, vômito, fadiga e fraqueza. Com a deficiência de magnésio na alimentação outros sintomas ocorrem como dormência, formigamento, contrações musculares e cãibras, convulsões, alterações de personalidade, ritmos cardíacos anormais e espasmos coronários podem ocorrer. Deficiência severa de magnésio pode resultar em hipocalcemia ou hipocalemia (baixos níveis séricos de cálcio ou potássio, respectivamente) porque a homeostase (equilíbrio) mineral do organismo é interrompida.

A deficiência de magnésio está relacionada a fatores que promovem cefaleia, incluindo liberação de neurotransmissores e vasoconstrição. Pessoas que sofrem de enxaqueca têm níveis mais baixos de magnésio sérico e tecidual.

Dietas com maior quantidade de magnésio estão associadas a um risco significativamente menor de diabetes, possivelmente devido ao importante papel do magnésio no metabolismo da glicose.

Fontes de Magnésio: seus benefícios e diferenças

Dentre as principais fontes nutricionais de magnésio, podemos citar:

  • Magnésio quelato (glicinato ou bisglicinato de magnésio)
  • Cloreto de magnésio
  • Carbonato de magnésio
  • Sulfato de magnésio
  • Fosfato de magnésio
  • Óxido de magnésio

As substâncias químicas listadas acimas são fontes nutricionais do mineral magnésio, ou seja, apresentam função semelhante que seria de fornecer magnésio. Esses constituintes apresentam características particulares de acordo com sua composição o que pode interferir na quantidade de magnésio fornecida, estabilidade do ingrediente e biodisponibilidade de magnésio. A diferença química entre elas esta nos elementos de ligação onde diferentes ânions (cloreto Cl-1, óxido O-2, sulfato SO4-2, entre outros) se ligam ao cátion magnésio (Mg+2) para formar o sal ou ingrediente comercial em pó. Todas essas fontes nutricionais podem ser utilizadas como suplemento alimentar de magnésio com dose máxima diária de 350mg para população adulta.

A absorção de magnésio de diferentes tipos de suplementos varia significativamente. As formas de magnésio que se dissolvem bem em líquido são mais bem absorvidas no intestino do que as formas menos solúveis. Alguns estudos demostraram que o magnésio nas formas de aspartato, citrato, lactato e cloreto são mais bem absorvidos e são mais biodisponíveis que o óxido de magnésio e o sulfato de magnésio.

Óxido de Magnésio

O óxido de magnésio é encontrado naturalmente em rochas de origem dolomítica também conhecido como magnésia. Apresenta alta estabilidade e pouca solubilidade em água o que interfere na sua biodisponibilidade e reduzida absorção intestinal do magnésio que fica em torno de 4%. O óxido de magnésio é mais utilizado como antiácido para alivio da dor estomacal e laxante de curto prazo.

Carbonato de Magnésio

O carbonato de magnésio ocorre naturalmente como dolomita e magnesita. Apresenta 42% de magnésio elementar, mas com grande variação na biodisponibilidade do magnésio que pode variar de 5 a 30%. Sua melhor indicação de uso é como antiácido em síndromes ácido-pépticas como nas úlceras.

Cloreto de Magnésio

O cloreto de magnésio é a fonte comercial mais comum de magnésio, entretanto apresenta baixa quantidade de magnésio elementar, cerca de 12% e uma estabilidade de zero quando exposto ao ambiente, ocasionando rápida degradação do ingrediente. Em função disso, cápsulas de cloreto de magnésio com concentrações normais sem aditivos normalmente se degradam (“derretem”) ainda dentro do pote, o que dificulta o seu uso.

Magnésio Quelato

O glicinato ou bisglicinato de magnésio é a fonte de magnésio mais atual e moderna, resultante da união do aminoácido glicina com o mineral magnésio por ligação quelato formando o componente conhecido como Magnésio Quelato. O ingrediente quelato apresenta alto teor de magnésio que seria de 30% é uma das formas mais biodisponíveis, absorvíveis e seguras de magnésio. Normalmente indicado para indivíduos que precisam superar deficiências de magnésio na alimentação.

Magnésio Quelato em Cápsulas

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Afinal, qual a diferença do Magnésio Quelato e do Cloreto de Magnésio?

Ambas as formas são encontradas comercialmente na forma de pó e em cápsulas. Ambas são fontes de magnésio e seus benefícios são similares. A grande diferença é que o Magnésio Quelato tem um teor maior deste mineral em comparação com o Cloreto. O Quelato também é uma fórmula mais estável, e não “derrete” a cápsula, como acontece com o Cloreto.

 

Conclusão

Em conclusão, o Magnésio é um nutriente vital e necessário para processos biológicos e adequado funcionamento do nosso organismo. De fato a reduzida ingestão dietética de magnésio contribui com surgimento de doenças crônicas mesmo em indivíduos saudáveis. Nesse sentindo a conscientização da população sobre a importância nutricional do magnésio é essencial para manutenção da saúde.

 

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  1. ABBASI, B. et al. The effect of magnesium supplementation on primary insomnia in elderly: A double-blind placebo-controlled clinical trial. Journal of research in medical sciences: the official journal of Isfahan University of Medical Sciences, v. 17, n. 12, p. 1161, 2012.
  2. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução RDC n.º 269 de 22 de setembro de 2005. Regulamento técnico sobre a ingestão diária recomendada (IDR) de proteína, vitaminas e minerais.
  3. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia Alimentar Para a População Brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília, Ministério da Saúde, 2008. 210 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
  4. MINISTÉRIO DA SAÚDE. ANVISA Instrução Normativa n.º 28 de 26 de julho de 2018. Estabelece as listas de constituintes, de limites de uso, de alegações e de rotulagem complementar dos suplementos alimentares.
  5. International Life Sciences Institute Brasil. Magnésio. 2.ed. ILSI Brasil: São Paulo, 2017.
  6. National Institutes of Health. Magnesium. Disponível em < https://ods.od.nih.gov/factsheets/Magnesium-HealthProfessional/>,
  7. REGULAMENTO (EU) Nº 432/2012 DA COMISSÃO EUROPEIA DE 16 DE MAIO DE 2012. Que estabelece uma lista de alegações de saúde permitidas relativas a alimentos que não referem a redução de um risco de doença ou o desenvolvimento e a saúde das crianças. Jornal Oficial da União Europeia, 5.2012.
  8. RUDE RK. Magnesium. In: Coates PM, et al. Encyclopedia of Dietary Supplements. 2nd ed. New York, NY: Informa Healthcare; 2010:527-537.

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